quarta-feira, 3 de setembro de 2008

permissivamente impedido

tec tec . bati na janela com a ponta dos dedos . "está gelado aqui fora, abre se faz favor" . "ah! não posso, tenho visitas!" . "porra, então e eu fico aqui a morrer de frio?" . "hum, pois tens razão, mas agora não posso mesmo! brinca um bocado com o valentim! quando acabarmos o lanche trato de ti" . "vanessa..." . "sim?" . "o teu cão é um bloco de gelo... como vou brincar com ele?" . "ah! merda! os meus tios estão cá desde 6ª feira! eu bem sabia que lhes devia ter dito que tinha ido para moscavide este fim-de-semana... e agora!!!!" . "bof, olha, o cão tá morto, deixa lá, eu não importo... nunca gostei muito do bicho, mas ouve lá... deixa-me entrar! tou à rasca para ir à casa de banho..." . "andré... um pouco mais de respeito! os vivos, têm dignidade - e os cães morrem sempre com os dentes arreganhados!"

2 comentários:

x disse...

O mar ficou revolto. A praia ficou vazia. E o cão continuou a ladrar. Ao longe. Enquanto isso, continuou a lamber cornetos. Sofregamente. "Hás-de morrer gelado um dia!" pensou. E gelou mesmo. Não se sabe bem se morreu ou não. Talvez tenha sido a primeira experiência criogénica bem sucedida. Pois os latidos continuam a ouvir-se: au, au, au... buuuuuu! "Que se foda cão" - decidiu. E depois arranjou um gato.

pieter disse...

minhauuuuuuuuuuuuuu!!! ^_^